*Tb pub. no jornal GAZETA DE ALAGOAS, de 16.07.2014
Por que, afinal, esse ódio e desprezo ao
governo federal, mais precisamente à presidenta da República democraticamente
eleita?Vejamos, pelo curto espaço, um pequeno retrato do desempenho brasileiro
frente a educação e ao emprego nos últimos doze anos.
O Brasil tem enfrentado com
resultados inegavelmente satisfatórios a maior crise econômica mundial desde a
de 1929. Ainda assim, no quesito educação os investimentos realizados nos
últimos doze anos superam, de muito longe, qualquer outro período pretérito, ou
a própria soma deles. Pela vontade política da presidenta, 100% dos royalties
do pré-sal seriam destinados à educação (foram 75%, e 25% para a saúde). O
Brasil é, agora, um dos cinco únicos países do mundo a destinar 10% do seu PIB
à educação. Durante os últimos 12 anos foram criadas 563 Escolas Técnicas,
enquanto o governo anterior criou onze. Universidades Federais foram 18
(nenhuma, o anterior), além de 173 campi. Pelo PNE, R$ 200 bilhões serão
investidos em educação até 2024, além de garantido o acesso universal. Foram
criados o PROUNI, o PRONATEC, usado por cerca de 8 milhões de jovens e adultos,
aprovada a Lei de Cotas, quase 10 milhões de inscritos no ENEM este ano, mais
de 83 mil estudantes no Ciência sem Fronteiras com bolsas no exterior. Criou-se
o FIES, que acaba de valer também para Mestrado e Doutorado, graças ao qual 7
milhões de jovens estão fazendo universidade pública (4 milhões a mais do que
em toda a história do país). Haveria outros dados absolutamente positivos a
discriminar, mas esses são assaz suficientes para mostrar, sem qualquer
sofisma, que nenhum governo investiu tanto em educação como o atual.
No quesito desemprego, por sua
vez, os avanços são espantosamente alvissareiros. Para se ter uma ideia, no
início de 2002 o país ocupava o 2º lugar em nível de desemprego no mundo; em
2013 tivemos a menor taxa média de toda a história do Brasil (5,4%), menor que
a dos EUA e de países europeus. Cinquenta milhões de brasileiros foram
retirados da pobreza, 35 milhões ascenderam à classe média, e nossas seculares
desigualdades sociais foram drasticamente reduzidas (70%).
Se é assim, e assim
comprovadamente o é, por que o ódio de parcela aparentemente majoritária da
classe média e alta brasileiras à presidenta? O que fez a presidenta para ser
destinatária de vaias e xingamentos por si só injustificáveis? A grande mídia
manipula, é vero, mas não pode ser responsabilizada sozinha.
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